quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Sobre as nuvens...

Sexta-feira, 14 de setembro de 2012, 23 horas e 27 minutos, horário de Coimbra, Portugal. A viagem até aqui foi tranquila. Estou com saudades do Brasil. Este é o meu primeiro post em terras europeias.

Primeiramente peço desculpas pela demora em voltar a postar aqui. A internet aqui do hotel é muito ruim.  Enfim...
Enfrentamos o gigante de asas. Passamos por cima de tudo (entenderam!?) dentro de um avião. E tudo começou em Ponta Grossa...
Saímos as 4:30 da manhã da Princesa dos Campos Gerais. Era a última vez em 2 anos que iríamos ver a cidade princesina.  Confesso que sentirei saudades de ir a mercearia da esquina comprar ‘vina’ e ser parado 37 vezes pelas moças do SENAC no calçadão pedindo para que eu participe de uma entrevista.  Ponta Grossa, cidade com várias palavras diferentes. Chamam de penal o que é estojo, vina o que é salsicha e corinthiano o que é bandido.


Chegamos às 7 h da manhã no aeroporto de Curitiba. As 9h da manhã era hora de rezar para todos os tipos de entidades e entrar no avião. Entramos. Uma moça disse que era como andar de elevador. É parecido. A diferença é que estaremos ferrados se esse 'elevador' parar no meio do caminho. Enfim, por sorte fiquei na janela. Era hora de levantar voo. Vi a moça ao lado rezando, então achei melhor não rezar também para não interferir na conversa dela.

Nós no aeroporto de Curitiba
Sobre as nuvens


E o avião decolou. Diziam que o frio na barriga na decolagem do avião é semelhante ao frio na barriga do primeiro beijo. Concordo, se o seu primeiro beijo foi dentro de um avião durante sua decolagem. Enfim, foi legal.
Foram 2h de voo até Salvador. A paisagem estava incrível. Me sentia sobre as nuvens. Aliás, eu estava lá. Deu pra ver o mar, a praia e algumas cidades pequenas. Vi um aglomerado de dióxido de carbono, acho que era São Paulo.



As 11h chegamos a Salvador. Dá ultima vez que vi tanto baiano junto foi quando fui pra São Paulo retirar o Visto. Ficamos lá até às 5h da tarde esperando o voo pra Lisboa.
E no aeroporto é tudo muito caro. Uma latinha de coca não é menos que 5R$. Kinder Ovo lá é o mesmo preço que em outros lugares, cerca de 60R$, de brinde 24 prestações e seu nome no Serasa.
Pior que isso foi ir comer no Giraffas e pagar a conta. Fui com o Teixeira Renato lá pagar e a moça achou que formávamos um casal e que eu ia pagar a conta sozinho. Discordamos, claro. Onde já se viu isso, eu pagar a conta sozinho?
Mas chegou a hora do embarque. Ficamos na fileira do meio, longe da janela. Logo, foram as 8h em alto mar mais entediantes da minha vida. Mesmo as tão temidas turbulências foram sem emoção alguma. Andar no ônibus articulado da VCG nos buracos da Carlos Cavalcanti é muito mais emocionante e perigoso que uma turbulência em alto mar.
A comida do avião também era questionável. Os pães servidos eram embalados. Creio eu que foram fabricados em meados de 1995. Eram tão duros que na embalagem havia um aviso para que não derrubasse-os no chão para que o piso do avião não fosse perfurado.
O avião aterrissou em terras europeias às 5h da manhã em Lisboa (1h da manhã no Brasil). Pegamos um trem até Coimbra. O trem atingia inacreditáveis 200km/h. E a paisagem era impressionante. Eu até poderia descrever a mesma se eu não tivesse dormido quase que a viagem toda.
Pelas 9h da manhã chegamos em Coimbra, nossa morada durante os próximos 2 anos. No próximo post tentarei descrever minhas primeiras impressões sobre ela. Enfim, estou vivo, mas nem tanto.

Câmbio, desligo. 






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