Sexta-feira, 14 de setembro de 2012, 23 horas e 27
minutos, horário de Coimbra, Portugal. A viagem até aqui foi tranquila. Estou
com saudades do Brasil. Este é o meu primeiro post em terras europeias.
Primeiramente peço desculpas pela demora em voltar a postar aqui. A internet aqui do hotel é muito ruim. Enfim...
Enfrentamos o gigante de asas. Passamos por cima de tudo (entenderam!?) dentro de um avião. E tudo começou em Ponta Grossa...
Enfrentamos o gigante de asas. Passamos por cima de tudo (entenderam!?) dentro de um avião. E tudo começou em Ponta Grossa...
Saímos as 4:30 da manhã da Princesa dos Campos Gerais. Era a última vez em 2
anos que iríamos ver a cidade princesina.
Confesso que sentirei saudades de ir a mercearia da esquina comprar
‘vina’ e ser parado 37 vezes pelas moças do SENAC no calçadão pedindo para que
eu participe de uma entrevista. Ponta
Grossa, cidade com várias palavras diferentes. Chamam de penal o que é estojo, vina o que é salsicha e corinthiano o que é bandido.
Chegamos às 7 h da manhã no aeroporto de Curitiba. As 9h da
manhã era hora de rezar para todos os tipos de entidades e entrar no avião.
Entramos. Uma moça disse que era como andar de elevador. É parecido. A diferença é que estaremos ferrados se esse 'elevador' parar no meio do caminho. Enfim, por sorte fiquei
na janela. Era hora de levantar voo. Vi a moça ao lado rezando, então achei
melhor não rezar também para não interferir na conversa dela.
Nós no aeroporto de Curitiba |
Sobre as nuvens |
Foram 2h de voo até Salvador. A paisagem estava incrível. Me
sentia sobre as nuvens. Aliás, eu estava lá. Deu pra ver o mar, a praia e
algumas cidades pequenas. Vi um aglomerado de dióxido de carbono, acho que era
São Paulo.
As 11h chegamos a Salvador. Dá ultima vez que vi tanto
baiano junto foi quando fui pra São Paulo retirar o Visto. Ficamos lá até às 5h
da tarde esperando o voo pra Lisboa.
E no aeroporto é tudo muito caro. Uma latinha de coca não é
menos que 5R$. Kinder Ovo lá é o mesmo preço que em outros lugares, cerca de
60R$, de brinde 24 prestações e seu nome no Serasa.
Pior que isso foi ir comer no Giraffas e pagar a conta. Fui
com o Teixeira Renato lá pagar e a moça achou que formávamos um casal e que eu
ia pagar a conta sozinho. Discordamos, claro. Onde já se viu isso, eu pagar a
conta sozinho?
Mas chegou a hora do embarque. Ficamos na fileira do meio,
longe da janela. Logo, foram as 8h em alto mar mais entediantes da minha vida.
Mesmo as tão temidas turbulências foram sem emoção alguma. Andar no ônibus
articulado da VCG nos buracos da Carlos Cavalcanti é muito mais emocionante e
perigoso que uma turbulência em alto mar.
A comida do avião também era questionável. Os pães servidos
eram embalados. Creio eu que foram fabricados em meados de 1995. Eram tão duros
que na embalagem havia um aviso para que não derrubasse-os no chão para que o
piso do avião não fosse perfurado.
O avião aterrissou em terras europeias às 5h da manhã em
Lisboa (1h da manhã no Brasil). Pegamos um trem até Coimbra. O trem atingia
inacreditáveis 200km/h. E a paisagem era impressionante. Eu até poderia
descrever a mesma se eu não tivesse dormido quase que a viagem toda.
Pelas 9h da manhã chegamos em Coimbra, nossa morada durante
os próximos 2 anos. No próximo post tentarei descrever minhas primeiras
impressões sobre ela. Enfim, estou vivo, mas nem tanto.
Câmbio, desligo.
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