Sexta-feira, 28 de dezembro de 2012. Meia noite e sete. Faltam 72 horas para o Ano Novo e 71 para seu tio fazer a piadinha do "Esse acorda só amanhã". Eu queria muito passar o fim de ano no Hemisfério Sul...
Dia 21 de
dezembro de 2012 foi o tal fim do mundo. E o meu fim de mundo começou
exatamente as 16:43 com uma prova de uma das matérias didáticas. Mas fui bravo,
corajoso, resistente. Sobrevivi. O mundo não acabou, mas bem que poderia dar um
tempo...
Um aviso a você que chegou até aqui... |
Mas,
estávamos quase no Natal. Época de paz, harmonia, criança chorando com medo
daquele Papai Noel magro e com bafo de cerveja... Época de convivência em família.
Mas não para mim. A vida é feita de escolhas, escolhi não fazê-las...
Mas
voltando ao assunto dessa bagaça, fomos para Lisboa, capital de Portugal.
Infelizmente nenhum dos meus colegas foram jogados de um trem em movimento,
como em Porto, mas enfim.
Chegamos lá
e quanta decepção. Já estava pronto para usar o péssimo trocadilho “LisRuim”.
Fomos para uma zona da cidade horrível. Tinha cocô de cachorro pra todo lado e
também cocô de cachorro. Aliás, um grande defeito de Portugal é que as pessoas
levam seus cachorros pra passear e não juntam as fezes do cagão bichano. Assim,
Portugal torna-se um grande cocô na Rua da Europa... Houve boatos que Portugal
estava na pior. Não eram boatos.
E é aqui que passa o bonde do tigrão... |
Saudades Brasil(eiras) |
À noite
fomos passear por uma das praças de Lisboa. Estávamos lá, pobres e inocentes
turistas, quando do nada surgiu um português oferecendo drogas pra gente. Ele
chegou e disse: “Marijuana ou Haxixe?”. Como assim? Nem um Oi, Boa Noite ou
coisa do tipo? O cara era tão maconheiro que quando vai fazer login no e-mail e
lê a opção "esqueceu a senha", acha que é algo pessoal.
Tudo bem
que eu sou a favor das drogas pelas coisas boas que elas nos trazem, como por
exemplo poder comprar um Iphone por 30 reais. Mas negamos! O cara ficou
agressivo, começou a nos xingar. Eu disse: “Nossa cara, assim você me mata”. Dançamos.
Logo em
seguida ouvimos alguns batuques e pessoas batendo palmas. De longe parecia um
E.T ou um anão dançando. De perto parecia um E.T anão dançando.
Oi Oi Oi |
Então,
chegou a tão (pouco) esperada véspera de Natal. Logo pela manhã fomos até o
Zoológico. Para os alienados, zoológico é um lugar onde animais prendem outros
animais em jaulas para outros animais visitarem.
Eu e Tony Ramos |
O Zoológico
era enorme. Teve algumas apresentações de golfinhos e leões-marinhos, bem ao
estilo norte-americano.
Okapi, meio zebra e meio girafa. Explica essa Darwin! |
Fodam-se vocês. Nem queria evoluir... |
Foto com um Leão-marinho. Chupa Mundo! |
Ops... |
Quando
chegou a noite deu aquele aperto no coração. Àquela hora eu estaria em casa,
sentindo o cheiro de carne assada, comendo panetone e falando mal do show do
Roberto Carlos. Mas não, estava andando por Lisboa com muita fome procurando um
lugar aberto pra comer. Acabamos comendo um tal de “Kebab” em um restaurante
indiano. Sim, nossa ceia de natal foi em um restaurante indiano. Mas ah, ou era
isso ou então comer em um restaurante japonês, os únicos que não comemoram
Natal!
Safadinhos esses portugueses... |
Aliás, essa
viagem ficou marcada pela Índia. Nossa ceia foi em um restaurante indiano e o
Hotel em que ficamos era Indiano. Isso me fez refletir sobre coisas importantes
da vida, como por exemplo, será que na Índia o Canal do Boi é tipo a Rede Vida
no Brasil?
Fomos então
a tradicional Missa do Galo de Lisboa. Eu lembro que assistia a Missa do Galo
pela Tv. Na verdade eu assistia só metade, já que na outra metade eu dormia.
Mas dessa vez foi diferente! Eu dormi a missa toda ao invés de só metade. Mas
não me culpem, eu havia andado o dia todo, a missa começou meia noite e
terminou as 2 da manhã. Creio eu que entre uma música e outra o padre também
aproveitou para tirar um cochilo...
No dia do
Natal acordamos dispostos a visitar o Oceanário de Lisboa. Ok, não acordamos
dispostos, mas fomos até o Oceanário de Lisboa. Mas antes, como todo filho do
pai do Aniversariante, fomos comer. Aqui em Portugal há uma rede de
restaurantes chamada Chimarrão, que serve rodízio tradicional brasileiro. Aqui
a carne é muito cara, o quilo do contrafilé equivale a um rim no mercado negro.
Mas era Natal e optamos pelo espeto corrido, que tinha um preço razoavelmente
justo. Faziam 4 meses que eu não sabia o que era comer mais de um tipo de carne
de gado a vontade. Comi muito. Comi como se não houvesse amanhã!
Lá
encontramos um garçom brasileiro que foi caminhoneiro na minha terra, Paraná.
Achei ele um cara legal. Não por ser paranaense, mas porque era ele quem servia
a picanha.
Fomos então
até o Oceanário de Lisboa. Pelo preço achei que iria mergulhar com golfinhos,
entrar em uma baleia e ainda conhecer Atlântida. Confesso que me decepcionei. O
lugar era encantador, tinha água pra todo lado (olha que absurdo: água em um Oceanário).
Havia animais que nem conhecia, como o peixe-lua, enguias, tubarões e todos os
outros animais que tinham lá.
Já no outro
dia fomos até Belém. Não, não é Belém do Pará. Lá não tinha Joelma nem
Chimbinha, nem ao menos um cavalo manco (confesso que fiquei aliviado com
isso). Estou falando de Belém, freguesia famosa por ter a famosa fábrica de
Pastéis de Belém. Ir pra Lisboa e não comer os famosos pastéis de Belém é como
ir a Ponta Grossa e não comer vina!
Mas antes
fomos patinar no gelo em um parque próximo ao hotel. Eu, como um nato
esportista do inverno, entrei na pista e após 3 segundos eu cai. Levantei e
após 2 segundos cai novamente. Mas após 37 quedas eu consegui equilibrar-me
naquilo. Aí então acabou o tempo e eu não pude mostrar a todos o sangue de
patinador dos Alpes suíços que corre em minhas veias...
Um Lord Suíço patinando. |
Torre de Belém. |
Passamos o
dia em Belém. Aproveitamos para visitar a Torre de Belém e o Monumento aos
Descobrimentos, que é um monumento em homenagem aos grandes navegadores
portugueses. Em Portugal, chamam de Monumento aos Navegadores. No resto do
mundo chamam de Monumento aos Exploradores.
Monumento aos EXPLORADORES |
No nosso
último dia em Lisboa, fomos até o Museu Nacional de História Natural. Era como
todo e qualquer museu de história natural: a única coisa legal eram os fósseis e
ossos de dinossauros.
Eu e Dercy. |
Finalizamos a viagem podres de canseira, tão fossilizados
quanto os dinossauros daquela exposição...