terça-feira, 20 de novembro de 2012

Há 19 anos decepcionando e frustrando pessoas

Terça-Feira, 20 de novembro de 2012. 22 horas e 40 minutos. Há exatos 19 anos minha mãe perdia a novela por minha culpa. Acordei chateado, já que não vi café na cama nem massagens nos pés.

Hoje é um dia magnífico. Um dia bonito e cheio de vida. Espetacular. Tá até no Google e Wikipedia. É o dia da consciência negra! E claro, eu não poderia deixar esse dia passar em BRANCO (tun tun tisss).

Mas hoje também é meu aniversário. Há exatos 19 anos estou decepcionando e frustrando pessoas.  Teve bolo, coxinha, 7 bolinhas de queijo, Licor de Merda (acreditem, aqui existe Licor disso) e chupa sociedade: Vinho do Porto.
Bebida sofisticada é outra coisa.
Além de mim, outra pessoa está fazendo aniversário. Deixo aqui meus parabéns ao Teixeira pelos seus 24 anos. Uma pessoa que está adorando fazer 24 anos. Uma pessoa que gostaria de fazer 24 todos os anos. Uma pessoa que fará 24 anos pro resto da vida.

Nunca pensei que comemoraria um aniversário na Europa. Mas também nunca imaginei que estaria desabando água lá fora e que eu teria 5 aulas das 10 da manhã às 8 da noite. Mas é a vida na Europa: um dia chove e faz frio, no outro faz frio e chove...

Foi uma grande surpresa. Pelo menos até as 5 horas da tarde, quando uma menina simpática que quebrou metade dos copos daqui de casa entregou tudo. Chegamos, zoamos o pessoal aqui de casa que queriam fazer uma surpresa e só depois entramos. Fizemos cara de espanto, e ninguém conseguiu cantar parabéns por dois motivos: todos riam e o vinho do porto mal foi aberto e já fazia efeito.

Foi uma grande surpresa. Só que não.
Tudo isso me fez lembrar de quando eu era criança e rolava aquelas festinha de aniversário, com aqueles bolos enormes. Reparei uma coisa: o tamanho do bolo vai diminuindo com o passar dos anos.  Isso é triste: quando menor o bolo, menos amigos você tem. Tenho amigos tão chatos que estão comemorando o aniversário com um cupcake.
Logo chegarei ao Cupcake. 
Chegou a hora de assoprar as velinhas. Achamos uma vela de 7º dia aqui em casa e improvisamos. Nostalgia total: lembrei-me daquele vizinho chato que sempre ia nas minhas festinhas de aniversário e nunca me deixava assoprar as velinhas. Sério, todo ano ele assoprava e eu não consegui fazer o pedido. Acho que ele sempre assoprava e pedia pra estar lá no próximo ano assoprando novamente. Eu só queria assoprar a maldita velinha! Só queria assoprar e pedir para que aquele vizinho chato não fosse ao próximo aniversário.
Mas ele não se contentava em assoprar a MINHA velinha. Ele tinha ódio de mim. Na hora dos Parabéns tudo muito bonito:

                “Parabéns pra você, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida”

Olha que legal, mensagem positiva.  Então aquele vizinho injuriado dizia: “E pra ele nada!!”

Como assim cara? Eu faço uma festinha legal, encomendo os salgadinhos... e você vem me desejar isso?
Então seus amigos tentam te defender: “Tuuudo”. Mas ele não se conforma. Exaltado, ele grita: “Então como é que é?”. E o que mais me assusta é o argumento dos meus amigos: “É Pic, É Pic, é hora é hora é hora. Rá-Tim-Bum”.

Como é que é galera? Esse é o melhor que vocês têm a dizer? Eu imagino um cara pego na cama com a amante dizendo: “Não é isso que você está pensando amor”. A esposa pergunta: “Então o que é?”. E o cara argumenta: “É Pic, É Pic, é hora é hora é hora. Rá-Tim-Bum”.

E pra finalizar tem a hora de cortar o bolo. Sempre tem um idiota que grita: “Corta de baixo pra cima pra subir na vida”. Pra que estudar, fazer faculdade, estudar no exterior com o apoio da Capes, trabalhar...pra que tudo isso se eu posso ser um profissional de sucesso cortando o bolo de baixo pra cima? Sei lá, acho que Portugal está em crise pelo fato dos portugueses não terem cortado o bolo de baixo pra cima.

Muito obrigado ao Mathias, Keli, Rafael (o que fez todos os salgadinhos e bolo), Jacqueline (a menina simpática que quebrou metade dos copos) e a Danizinha. Foi quase melhor que um café na cama com massagens nos pés.

Câmbio, desligo. 

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