Segunda-feira, 26 de agosto de 2013. 23 horas e 35 minutos.
Hoje é aniversário do Palmeiras, que coincidentemente cai numa segunda. Também
é aniversário de uma das fiéis leitoras deste blog, que sofre de uma rara e
grave doença que faz com que a pessoa ache legal ler o que escrevo. Parabéns
Milene, torço muito para que você se recupere rápido e volte a ser uma pessoa
normal que acha tudo o que escrevo uma droga!
A principal "Avenida" de Veneza. É tipo São Paulo em dia de chuva,
mas sem congestionamento
e com a presença de Oxigênio na atmosfera. (FOTO: Geraldo Alckmin) |
Chegamos a Veneza e fomos direto ao Hotel. Sabe aqueles
filmes de terror onde jovens bonitos se hospedam em um hotel mal-assombrado,
com direito a recepcionista ser uma velhinha de vestido branco e com cara de
fantasma, decoração do século XVIII, fotos em preto e branco de crianças por
todos os lados? Então, foi exatamente assim (menos a parte dos jovens bonitos).
Sério, a velhinha do hotel era igual a Ruth Romcy quando
participava das pegadinhas do Silvio Santos vestida de morta (a diferença é que
aparentemente a Ruth Romcy estava viva). Graças à [insira aqui o Deus da sua
religião] não tinha elevador no hotel. Tive vários pesadelos onde entrávamos
num elevador e quando as portas se fechavam aparecia a velhinha dizendo:
"Vocês devem estar se perguntando por que eu os trouxe aqui”. Mas saímos
vivos de lá, a velhinha só exigiu o pagamento adiantado e a oferenda de nossas
almas.
Um dos primeiros habitantes de Veneza que eu conheci foi o
Pinóquio (FOTO: Gepetto)
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Nunca mais reclame quando precisar estender roupas no varal (Foto: Sua mãe) |
E assim é o policiamento em Veneza (Foto: Datena)
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Como não há ruas, o transporte em Veneza é composto por barcos
caindo aos pedaços e se divide em três categorias:
- O caro, conhecido com Vaporetto: deve-se pagar 6,50 euros por uma passagem simples e aguentar um monte de chineses te dando cotoveladas enquanto tiram foto.
- O absurdamente caro, conhecido como Barco-taxis: a bandeirada custa 15 euros e mais 1 euro por minuto.
- O megasuperultra caro, as famosas gôndolas. Você paga 100 euros para andar cerca de 10 minutos.
Por tal motivo, há sempre aqueles que atravessam os canais nadando,
o que é mais barato e muito mais seguro do que usar as outras três opções.
O símbolo da cidade é um leão alado. Instalado até hoje no
alto de uma coluna na entrada da cidade, ele tinha réplicas espalhadas pelas
principais cidades da região, que atestavam o orgulho do Império Veneziano pelo
domínio que exercia sobre os mares (claro: leão e mar tem tudo a ver). Muita
gente considera que o fato de o leão alado nunca ter sido destruído é uma prova
da natureza amigável do povo veneziano, que mesmo no auge do seu poder nunca ameaçou,
pela força, a existência de outros povos. Enfim, o leão alado tem todo um
significado religioso e, portanto, não deve ser levado a sério.
Falando em significado religioso, na Itália percebi o quão
sem sentido é a Igreja Católica. Consegue ser tão sem sentido quanto o livro
que o Felipe Neto escreveu sobre o “Não Faz Sentido”. Pregam o fim da
desigualdade social, mas eu não me lembro de sequer uma igreja que não tenha ouro
como parte de sua gigantesca (e inútil) decoração. Dizem que não se devem
julgar as pessoas pela roupa que vestem, mas proíbem as pessoas de entrarem na
Igreja de regata, bermuda ou vestido (mesmo num calor infernal de 38°C).
Vamo pra Narnia, POOOOOOORRA (Foto: L.S.D) |
E quase todas as Igrejas eram assim, só pode entrar se
estiver com os ombros e joelhos cobertos. Você é político ladrão?
Assassino? Pedófilo? Pode entrar, fica a vontade: contanto que esteja, como os
próprios avisos dizem, vestido decentemente. E se você for pedófilo pode até
conseguir uma vaguinha no Vaticano...
Sério, nada é mais contraditório do que a Igreja Católica. A
igreja é contra os gays porque dizem não ser “algo natural”. Já andar sobre as
águas e transformar ela em vinho é super normal, faço sempre aqui.
Estão todos convidados a tomar um vinho aqui em casa. Tragam a água que o vinho
eu garanto!
Em toda a Itália os banheiros públicos são pagos. E eles
vendem entrada para o banheiro como se fosse para um show. Se bem que
dependendo do show, este pode ser comparado a um banheiro
(FOTO: Latino)
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Mas vamos voltar a Veneza. Ela não possui muitos pontos
turísticos expressivos. Um dos poucos é a Praça de São Marcos, famosa pela
grande quantidade de turistas asiáticos e pombos, sendo este último o mais suportável,
mesmo cagando em sua cabeça. Graças ao aquecimento global, o nível do mal sobe
cada vez mais, tornando cada vez mais frequentes as inundações e a presença de
ursos polares na praça. Tá, a parte dos ursos polares é mentira, mas faria mais
sentido que os dogmas da Igreja Católica...
Veneza também é conhecida pelo seu carnaval. Pessoas saem às
ruas de máscara, se divertem e gritam #semviolência enquanto quebram tudo
(brincadeirinha, isso só ocorre no Brasil). O Carnaval de Veneza é parecido com
o brasileiro. Apenas alguns detalhes são modificados, como a ausência de
batedores de carteira, músicos irritantes e doenças sexualmente transmissíveis.
Outro lugar famoso é a Ponte de Rialto (mentira, nem ri), onde casais ilusoriamente
apaixonados escrevem seus nomes em um cadeado e o prendem na ponte, jogando as chaves
na água para imortalizar seu amor. Depois, fazem o que qualquer casal normal de
namorados faz: terminam.
Carnaval de Veneza #SemViolência (FOTO: Guy Fawkes)
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Ponte de Rialto (mentira, nem ri). No Brasil também é comum
prender o namoro com cadeados... (FOTO: Goleiro Bruno)
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Mas em Veneza ocorreu a mais triste e cara história. Dispostos
a pagar um pouquinho mais caro, decidimos ir a um típico restaurante italiano.
Entramos e a garçonete deixou meia dúzia de pãezinhos secos que mal deu pra
enganar o estômago. Pedi um “espaguete a carbonara”, e o que me trouxeram foram
30 gramas de algo que parecia Miojo de queijo.
Preço total do jantar: 16 euros (cerca de 50 reais). Só a meia dúzia de pãezinhos secos custava 15 euros. Posso dizer com toda a certeza que comi o pão que o diabo amassou. Ainda saí de lá com fome. Paguei tão caro no jantar que rezei antes e depois de comer. Depois dessa facada adivinha quem comeu comida italiana todos os dias? Isso mesmo, os italianos. Os outro dias eu passei a base de Kebab e outros lanches mais baratos.
Preço total do jantar: 16 euros (cerca de 50 reais). Só a meia dúzia de pãezinhos secos custava 15 euros. Posso dizer com toda a certeza que comi o pão que o diabo amassou. Ainda saí de lá com fome. Paguei tão caro no jantar que rezei antes e depois de comer. Depois dessa facada adivinha quem comeu comida italiana todos os dias? Isso mesmo, os italianos. Os outro dias eu passei a base de Kebab e outros lanches mais baratos.
Veneza: um lugar onde os carros são como as lanchas, as
motos são como os Jet Skis, e os pedestres são como os banhistas...
Câmbio, desligo.
Com seu ponto de vista,divertidamente mostra-me culturas e etc.
ResponderExcluirNovamente afirmo,a-do-ro seu blog!
P.S.: Me informe sobre a próxima postagem.
Agradeço novamente pela parabenização.
Massa, acompanho sempre, hieuhiuhuiehe
ResponderExcluirSENSACIONAL!! SEU ESTILO IRREVERENTE É DIVERTIDO CARA! CONTINUE ASSIM!
ResponderExcluirMuito bom ...gostei
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